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No dia do trabalhador (01/05) dado alarma crescimento de assédio sexual no ambiente profissional em 35%

 A advogada  especialista em assédio no trabalho, Michelle Heringer, chama atenção para os desafios que persistem no ambiente profissional e reforça a importância de promover espaços seguros e igualitários

O Dia do Trabalhador é, tradicionalmente, uma data voltada à celebração de direitos conquistados. No entanto, para muitas mulheres, a data também traz à tona uma dura realidade que ainda resiste a ser superada: o assédio no ambiente de trabalho.

Segundo dados recentes do Tribunal Superior do Trabalho, o número de ações trabalhistas por assédio sexual cresceu 35% entre 2023 e 2024 um aumento que revela a persistência de comportamentos abusivos no cotidiano profissional, especialmente contra mulheres. Diante desse cenário, a advogada Michelle Heringer, especialista em assédio no trabalho, reforça a importância de olhar para essa questão com seriedade e compromisso.

“No Dia do Trabalho, é fundamental refletir não apenas sobre conquistas laborais, mas também sobre os desafios que ainda persistem no ambiente profissional, especialmente no que diz respeito à segurança das mulheres”, afirma Michelle.

Ela observa que, em diversos setores, as mulheres continuam sendo alvo de assédio moral, sexual e discriminação de gênero. “Isso impacta diretamente sua dignidade, saúde mental e desempenho profissional”, pontua.

Apesar de avanços importantes nas legislações e em políticas internas de algumas organizações, Heringer destaca que o medo, o silêncio e a normalização de comportamentos abusivos ainda são obstáculos para que muitas vítimas denunciem. “A cultura do silêncio, o medo de retaliações e a normalização de comportamentos abusivos ainda dificultam a denúncia e a responsabilização efetiva dos agressores.”

Para ela, segurança no trabalho vai além da integridade física. “A segurança das mulheres no trabalho vai além da proteção física, envolve garantir um ambiente onde elas possam exercer suas funções com respeito, equidade e liberdade.”

Michelle defende que promover espaços seguros exige ações concretas por parte das instituições: “Isso exige comprometimento institucional com a prevenção do assédio, a promoção da igualdade de oportunidades e o fortalecimento de canais de escuta e acolhimento.”

Ela finaliza com um chamado direto à reflexão e à ação coletiva: “Promover ambientes seguros é mais do que uma questão de compliance: é um dever ético e um passo essencial para construir relações de trabalho mais justas, humanas e sustentáveis para todas as pessoas. Neste 1º de maio, que a luta por trabalho digno inclua, com urgência, o direito das mulheres a ambientes livres de violência e discriminação.”


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