A piscicultura brasileira iniciou o ano
com bom volume de embarques internacionais de peixes de cultivo. Tanto em valor
quanto em volume os números são de destaque em comparação ao primeiro trimestre
de 2023. De janeiro a março deste ano, a balança comercial apresentou
crescimento expressivo de 20% em toneladas embarcadas (2.085 t) e faturamento
48% maior – alcançando US$ 8,7 milhões.
“Viemos de um ano com bom crescimento
das exportações e iniciamos 2024 com o resultado ainda melhor, aumentando quase
que em 50% em receita nos três primeiros meses de 2023. Esse cenário evidencia
um setor em crescimento. Em dez anos, saltamos de 638 mil toneladas/ano
produzidas de peixes de cultivo para atingir 887 mil t em 2023. As exportações
ainda representam pouco, mas o potencial é gigante”, destaca Francisco
Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe
BR).
O Informativo do Comércio Exterior da
Piscicultura, elaborado pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a
Peixe BR, destaca que as 2 mil toneladas exportadas no 1º trimestre deste ano é
o maior volume nesse período desde 2020. A tilápia é a espécie mais exportada
(95%) e o filé fresco ou refrigerado representou 65% do valor, com US$ 5,6
milhões.
A tilápia foi seguida pelo tambaqui e o
bijupirá. A exportação de tilápia apresentou crescimento de 50% em comparação
ao mesmo período do ano passado. Os Estados Unidos seguem sendo o principal
destino dos peixes de cultivo do Brasil (89% do total e receita de US$ 7,7
milhões). China, Japão, Colômbia e Canadá, respectivamente, vêm em seguida como
mercados importantes. Entre os estados brasileiros, o Paraná segue liderando as
exportações de tilápia. O estado foi responsável por 81% da tilápia comercializada
no exterior, com US$ 6,7 milhões. Em seguida, vem São Paulo (12%) e Bahia (4%).